As pequenas e médias empresas precisam investir em inovação?

O processo de concentração econômica em curso e as transformações tecnológicas exercem enorme pressão sobre as pequenas e médias empresas. Investir em inovação pode ser um dos caminhos para garantir o futuro dos pequenos negócios?

O processo de concentração econômica em curso e as transformações tecnológicas exercem enorme pressão sobre as pequenas e médias empresas. Em poucos anos, novos concorrentes surgiram e plataformas digitais conquistaram clientes anteriormente cativos, reduzindo as vendas e as margens dos pequenos e médios negócios.

Esse fenômeno é mundial e já preocupa as lideranças políticas e empresariais, tanto pelo seu efeito de curto prazo na geração de renda e emprego como na potencial distopia causada pela extrema concentração em conglomerados fora do controle da sociedade.

Alguns países, como a França, já aprovaram legislações específicas para garantir o espaço de pequenos negócios em setores específicos. Aqui no Brasil, o SEBRAE já há bastante tempo busca caminhos para ampliar a profissionalização e aprimorar a gestão nesse segmento.

Mas em um mundo com evolução permanente, com ciclos cada vez mais rápidos, os pequenos e médios empresários devem também cumprir seu papel como empreendedores e se preparar para adaptar seus negócios e utilizar a tecnologia como diferencial competitivo.

A boa notícia é que muitas empresas de tecnologia que operam no mercado B2B já desenvolvem produtos para atender esse mercado, apoiando a inovação digital dos negócios de menor porte. Nós, da CertifiqueOnline, lançamos agora o +Clientes, um kit de ferramentas digitais voltados a esse público alvo.

Talvez a grande barreira existente não esteja tanto nos custos financeiros das mudanças mas na necessidade de alterar paradigmas na gerência dos negócios. Existem várias possibilidades de integração do mundo físico e virtual e em práticas inovadoras para transformação. Mas será que os pequenos e médios empresários acreditam em sua viabilidade?

Neste sentido, vale contar nossa própria experiência de transformação digital. Até o início da pandemia do COVID-19, o negócio em certificação digital se baseava no atendimento presencial em uma rede de postos físicos – nesse ambiente, ganhava quem possuía capilaridade para garantir praticidade e comodidade aos clientes.

Com a pandemia, tivemos a difícil decisão de fechar grande parte dos postos físicos, de forma a garantir a segurança de nossos clientes e colaboradores ao mesmo tempo que debatíamos com as autoridades a rápida adoção do atendimento por videoconferência.

Em menos de dois meses precisamos alterar profundamente nossos métodos de atendimento e de gestão para continuar prestando serviços aos clientes, passando a realizar a emissão virtual de certificados digitais com a segurança sanitária adequada ao período.

Uma mudança desta profundidade não seria viável sem a adoção de métodos virtuais de comunicação e de gestão de atendimentos e de clientes. Tivemos a necessidade de investir no desenvolvimento de plataformas tecnológicas e na mudança de processos sem os quais perderíamos a liderança no segmento.

Deste esforço saiu o embrião do que é hoje o +Clientes, que nos permitiu uma transformação digital controlada e que agora oferecemos aos nossos clientes.