É alarmante o crescimento dos crimes cibernéticos no país. Segundo o DataSenado, nos últimos 12 meses mais de 40 milhões de brasileiros foram vítimas de crimes em que meios digitais foram utilizados.
São desviados recursos financeiros da cidadania para organizações criminosas que cada vez mais sofisticam seus mecanismos de fraude e ampliam sua atuação, prejudicando as famílias e a atividade econômica.
Grande parte desses crimes é perpetrada a partir da obtenção de credenciais válidas por organizações ilegais, o que é uma tendência mundial. A fragilidade dos sistemas baseados em logins e senhas soma-se, no caso brasileiro, à fragilidade da identificação civil.
Segundo pesquisa da SERASA, a cada 7 minutos no país ocorre uma tentativa de transação utilizando-se RG ou CPF falsificado. Os golpistas optam pela alteração de documentos verdadeiros com sobreposição manual de foto ou pelo uso de inteligência artificial (IA) para montar os documentos falsos usando dados da vítima, mas com a foto do criminoso.
Utilizam também de mecanismos de engenharia social para obter informações e ludibriar suas vítimas, inclusive com uso extensivo e criminoso do sistema de telefonia brasileiro, que parece não conseguir controlar o uso desenfreado de robôs e “centrais de atendimento” fantasmas.
Esse panorama obriga a sociedade e às autoridades a reforçar as barreiras técnicas e legais para o combate ao crime.
O uso de sistemas frágeis, como o GOV BR, em transações financeiras mais críticas e a banalização de sistemas não fiscalizados e auditáveis para assinaturas de contratos e documentos, fora do padrão ICP-Brasil, por exemplo, podem contribuir para ampliar a esfera de atuação dos criminosos, que podem passar construir operações de desvio de recursos em escala industrial.
Há muito as Autoridades de Registro, como a CertifiqueOnline, alerta as autoridades, instituições e também a seus clientes que tomem muito cuidado com suas informações e utilizem certificados digitais padrão ICP-Brasil para realizar suas operações e transações críticas pela internet.